Capitulo 4

 Os meus pais saiam cedo para trabalhar na verdade a minha mãe sai cedo pois ela é gerente de um hiper-mercado e o meu pai vai só depois das 12:00 mais quando eu não tinha aula ou faltava ele saia e ia resolver algumas coisas como pagar contas, ir no mercado onde minha mãe trabalha para comprar algo para o almoço ou mesmo para falar com ela, bom ele saia sempre mesmo que fosse para coisas bobas. 

  Eu estava mesmo muito triste, pois não havia conversado nem com minha amiga Christine e nem com o Danilo na noite anterior, não sabia o porque eu tinha acordado tão cedo naquele dia sendo que fui dormir de madrugada mesmo não falando com ninguém, acho que deveria ser aquela tensão que dá em você que quer que tudo acabe rápido que tudo isso passe rápido, sei lá era essa sensação que eu sentia naquele momento.

 Aquela raiva, ansiedade sei lá oque era tomava conta de mim, e aquilo me dava vontade de comer alguma coisa, sei lá parecia que a fome me alimentava naqueles momentos de loucuras, mais oque me socorre é sempre o refrigerante aquele gosto dele quando desce é delicioso e aquela sensação que dá parece ser a única que me alivia quando estou esperando algo, mais o problema era eu não estava esperando nada e sim querendo. 

 Ficava ali horas sem fazer exatamente nada, e eu gosto de ficar sozinho porque parece que se o meu pai estivesse ali falando na minha orelha estaria mais nervoso ainda, então assim conseguia pensar em bastante coisas, elas não precisavam ser as melhores coisas mais mesmo naquele momento doido meu eu preferia ficar sozinho. 

 O meu amor pelo Danilo era tão grande que eu começa a acreditar que eu estava mesmo obcecado por ele eu acariciava o seu rosto no protetor de tela do meu celular, por onde eu andava ele estava comigo, não conseguia parar de pensar nele, eu acho que isso era o motivo da minha ansiedade da minha vontade louca de beber refrigerante sei lá, mais ele não saia da minha cabeça nenhum minuto. 

 Naquela hora eu quis ligar para ele, não tinha ninguém por perto então era o momento certo para poder falar com ele, só de ouvir a voz dele me deixava doido. 

 - E ai Danilo tudo bem? 

 - E ai cara, beleza? 

 - Tudo bem sim, tava dormindo? 

 - Tava. 

 - É deu para perceber pela sua voz, e ela é linda mesmo dormindo.

 - Ah cara, e ai diga oque se quer ? 

 - Ah sei lá o porque eu te liguei, mais e ai você vai para festa do padroeiro? 

 - Sim, vai ser que dia mesmo? 

 - Vai ser dia 10 e 11 de Agosto

 - Ah eu vou sim

 - Então tá bom, acho que vou desligar se não os meus bônus vão acabar e depois não tem como trocar SMS com você 

 - Ta bom então! Falou 

 Fiquei tão feliz aquela hora, ouvir a voz dele era uma coisa magica e eu ficava delirando por várias horas ali sem mesmo contar a minha irmã oque era ouvir a voz dele, para mim era uma coisa rara sei lá não tem explicações. E eu estava doido para falar a Christine que iria ir a mesma festa que ele pois poderia ver o rosto dele novamente depois de 1 ano sem vê-lo isso para mim seria uma coisa de louco, mais também queria ver a Aline onde será que ela estava naquela hora para eu contar essas coisas a ela? 

Como sempre nos dias sem aulas, ela ia para o Parque-da-Cidade junto com a Rosi para passar o dia e a tarde lá, não sei oque elas viam de tão legal naquele parque, seria as pessoas que lá frequentam? não sei, só sei que a Aline adorava.